Boletim - Janeiro 2012

Boletim informativo AUG

   

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Janeiro é o mês de aniversário do Adote um Gatinho: estamos completando 9 anos de vida! Não vamos dizer que "parece que foi ontem" porque na verdade parece que foi há uma eternidade! Nossos dias são tão intensos que se dissessem que o AUG tem 30 anos acreditaríamos! rsrsrs

Só quem já cuidou de animais abandonados sabe o quanto esse trabalho é cansativo, corrido e muitas vezes não reconhecido. Em nossos corações, carregamos o sentimento de missão cumprida e sentimos que não estamos nesse mundo a passeio, fazemos a diferença!

Ter uma ONG de gatinhos parece uma coisa fofa, mas nosso trabalho é muito mais do que dar comidinha e cafuné. A gente levanta da cama todos os dias sem saber o que vai acontecer. Às vezes temos dias bons, em que só precisamos cuidar deles, dar atenção, carinho, comida e remédio; e outras vezes temos dias em que tudo fica desconexo, sem sentido e fora do lugar, como o dia em que fomos chamados à casa da falsa protetora Dalva (indiciada por matar cães e gatos com injeção no coração).

Em dias como esses, a gente perde o sono, a razão, chora, abraça forte os nossos gatos e torce para que tudo acabe logo. Ainda bem que coisas boas também acontecem, como a manifestação Crueldade Nunca Mais, que lotou a Avenida Paulista aqui em São Paulo. Um evento como esse faz com que você veja que não está sozinho nessa luta e que tem bastante gente querendo o mesmo que você: amor, justiça e respeito para todos os animais.

Sem mais delongas, afinal estamos aqui para mostrar o trabalho que realizamos em janeiro, não é? Esperamos que apreciem o boletim e continuem nos ajudando. Se a gente tem fôlego para cuidar de mais de 400 animais é porque temos vocês nos dando o suporte necessário. Só temos vocês para continuar ajudando os animais!

Itaú - agência 2970 - conta corrente 12869-6

Bradesco - agência 3334 - conta corrente 6253-7

Razão Social: Adote um Gatinho

CNPJ: 08.858.329/0001-08

Obrigado por tudo!
Susan, Juliana e voluntários AUG

Janeiro foi um mês de muitos resgates. Recebemos mais de 400 pedidos de ajuda e só pudemos ajudar 112 gatinhos. A vontade de ajudar os 400 é grande, mas já faz alguns meses que estamos trabalhando com um número muito maior do que podemos abrigar e sustentar. A gente aperta aqui, ali, leva mais 5 para casa, pede ajuda para levar outros 3 e assim vamos levando. Mesmo desse jeito não conseguimos ajudar em todos os casos. Os gatos vêm sempre dos mesmos lugares: terrenos, casas abandonadas, estão escondidos em algum bueiro…

Nesse mês tivemos 2 resgates grandes: uma casa abandonada com 20 gatos que tivemos de acolher no último minuto e o caso da Dona Dalva, que ainda nos tira o sono e que todos vocês devem ter acompanhado pela TV ou pelo nosso boletim especial (Dona Dalva se passava por protetora e na verdade sacrificava os animais que eram levados para ela). Fomos chamadas para recolher os animais que ainda estavam vivos e ganhamos mais 9 hóspedes. Parece pouco, mas conseguir espaço para 9 quando já se tem 440 é difícil. Ainda mais porque não podemos separá-los e doá-los. Somos responsáveis por eles, mas temos que esperar que a justiça nos dê a guarda definitiva.

E esses são os sobreviventes do caso Dalva. Não sabemos e não entendemos qual é a lógica desse sacrifício em massa, se é que há alguma. Temos gatos com o mesmo tamanho de outros que estavam mortos e estamos cuidando também de uma cadelinha minúscula que sobreviveu (a irmã dela infelizmente já tinha sido morta). Por algum motivo os que resgatamos foram deixados para o outro dia. Já quebramos a cabeça pensando se existia um número certo de animais por dia ou se a preocupação era controlar a quantidade de lixo e não despertar desconfiança nos vizinhos, mas, como em tudo nesse caso horroroso, não conseguimos entender absolutamente nada. É além da nossa compreensão entender o que faz alguém matar tantos animais e colocá-los no lixo.

Esses são os sortudos que foram resgatados: 2 gatas adultas, 1 macho adulto, 2 adolescentes e 3 filhotes, além da linda cadelinha que pensa que é gato também!


Logo na primeira semana de janeiro, recebemos uma bomba: um senhor morreu e deixou 20 gatos desamparados em uma casa em Santo André. A família queria abrir o portão e deixar os gatos fugirem. Uma pessoa que conhecia o dono ficou sabendo e começou a pedir ajuda para algumas protetoras. Como dissemos, se lugar para 4 é difícil, imaginem para 20! Decidimos então usar novamente um espaço que desativamos há algum tempo e levamos todos os gatinhos para lá. É um espaço grande, mas difícil de limpar, onde faz muito calor no verão e muito frio no inverno. Sempre quisemos arrumar esse espaço, mas nunca sobrou dinheiro. E foi assim que, aos 45 minutos do segundo tempo, duas voluntárias conseguiram resgatar 16 deles.
Eles ainda estão bem assustados e tem sido difícil medicá-los, mas estamos tentando de tudo.






O Lucca foi resgatado de um estacionamento em Santos. Estava fraquinho e com um machucado feio no pescoço, como um furo por conta de uma mordida de cachorro. Ele já está muito melhor, é uma gracinha e logo vai ser mais um dos nossos gatinhos com uma família só para ele.


A Sarabi chegou até nós depois de um pedido que nos comoveu muito. Uma pessoa a encontrou se arrastando na rua e a levou para casa. Sem condições de cuidar ou levar até o veterinário nos pediu ajuda. Ela foi internada na UTI de tão fraquinha, desidratada e doente que estava, mas é uma guerreirinha e se recuperou. Quando estava mais fortinha, a Dra. Beatriz foi procurar a causa da paralisia nas patinhas de trás. Depois do raio-X e da consulta no ortopedista ficou concluído que ela não tem nenhuma lesão na coluna ou no quadril, o que aumenta muito as chances dela voltar a andar. Desde a semana passada ela passou a fazer fisioterapia e é uma fofa, faz tudo bonitinho, é comportada e já está 50% melhor. Acreditamos que em breve ela vai andar de novo!



Os vizinhos do nosso abrigo são estrangeiros que vieram tentar a vida no Brasil. Toda a nossa vizinhança já sabe a essa altura que ali tem um abrigo de gatos, então claro que sempre tem alguém pedindo ajuda ou querendo deixar gatos por lá.
Nossos vizinhos felizmente gostam de gatos, o que é um alívio, e eles nos pedem para acolher gatinhos que eles encontram. Deixam em caixinhas na nossa porta... Vamos falar o quê? E sempre temos que apertar mais um pouquinho. Dessa vez foi uma gata e seus bebês. Duquesa e seus filhotes ainda estão em uma gaiolinha. Os bebês ainda mamam e durante essa fase precisam ficar presos. São fofos e tão bonitinhos que sabemos que não terão problemas para conseguir adotantes quando chegar a hora.



Também graças à notícia do abrigo ter se espalhado na região, uma suposta vizinha chegou ao nosso abrigo com 2 mamães e seus filhotes. Disse que ali perto tem uma senhora com muitos gatos, que não pode cuidar deles e que tinha resgatado essas 2 gatas grávidas por dó, mas precisava doá-las porque já tem muitos. Foi um Deus nos acuda porque não tínhamos espaço e elas precisavam ser isoladas. Por sorte no dia seguinte chegou a gaiola que tínhamos comprado e elas foram acomodadas. Infelizmente a Cuddy e seus 6 filhotes ficaram doentes e foram internados. Foi uma luta difícil, são bebezinhos sem nenhuma imunidade e uma mamãe fraquinha. Depois de um super tratamento eles reagiram. Ela e 5 bebês tiveram alta. O sexto bebê, que batizamos de Chase, não resistiu...




A outra mãezinha que chegou com a Cuddy foi a Stella e seus 2 lindos bebês. Ela e os bebês passam bem e se Deus quiser vão continuar assim até a hora de desmamar, serem vacinados, castrados e adotados.



11 gatinhos de uma vez! Esses gatinhos foram jogados em uma lixeira. A Raquel da Fernão Dias os encontrou depois de ouvir uns miadinhos. Encontrou na lixeira uma caixa fechada com arame e um saco de lixo fechando tudo. Pura crueldade. Ela os socorreu e eles seguiram para a casa de uma voluntária, já que no abrigo não temos mais espaço. São 8 machinhos e 3 meninas de mais ou menos 45 dias. Imaginem o que teria acontecido se não tivessem sido ouvidos? Felizmente agora estão salvos.

Esse pedido chegou pelo Facebook. Em uma loja de ração na favela de Heliópolis estavam 4 bebezinhos doentes em uma gaiola, na calçada, para adoção. O gatinho preto e branco nem conseguia ficar de pé de tão doentinho e fraco. A dona do lugar sempre pede ajuda e, apesar da fazer o que ela acha que é o suficiente, muitas vezes alguns morrem atropelados porque estão soltos na frente da loja. Ela diz que é comum deixarem os gatinhos lá e tenta ajudar, mas que não tem condições. Os gatinhos foram resgatados e levados para a nossa veterinária, Dra. Angélica, que imediatamente colocou o frajolinha no soro (ele não teria resistido mais algumas horas se não fosse pelo soro).




Uma protetora independente conhecida da gente resgatou um casalzinho de gatos. Como ela é muito humilde e não podia nem alimentá-los, eles tiveram que ficar na clínica da nossa veterinária para receber os cuidados necessários. Logo estarão bonitinhos e fortinhos.



E em um dia de muita chuva, o marido da nossa vet salvou da enxurrada esse pobre tigrinho de 6 meses, que estava desesperado na Avenida Jacu Pêssego. Imaginem o medo dele? Ele agora está na clínica, logo será doado e terá uma família para amar e esquecer a vida nas ruas.



A Tufi foi encontrada faminta, vagando sozinha à noite. É uma sialata de 1 ano e com boa comidinha e o tratamento certo ficará prontinha para uma nova casa.



Todos os meses fazemos resgates de mãezinhas, mas quem pensa que esses são os casos mais difíceis se engana. Difícil mesmo são os "mamadeiras", gatinhos abandonados sem mamães e que dependem de uma de nós para viver. É um trabalho que dura 24 horas até eles estarem mais independentes. É sofrido porque muitos não resistem, mas quando resistem e viram lindos gatinhos, a gente não se aguenta de alegria. Essas 3 miniaturas foram encontradas na tubulação desativada de um esgoto. A pessoa que os encontrou tinha visto a mamãe deles com os filhotes na véspera, mas, sem poder resgatá-los naquela hora, voltou no dia seguinte. Tinham matado a mãe e um filhote. Por causa de algumas horas… Não dá para esperar algumas horas para resgatar animais. Tudo pode mudar em minutos. Por sorte a Neise, nossa voluntária craque em mamadeiras, acolheu os bebês e está cuidando deles. As fotos dizem tudo!


O Mufasa é um lindo sialata de muita sorte! Uma amiga da Keka, nossa voluntária, ligou pedindo ajuda para um gatinho de 2 meses que tinha sido mordido por um cachorro e estava quase morto. Ele foi encaminhado imediatamente para a internação, não podia esperar nem um minuto mais. Parecia inacreditável, mas ele melhorou e foi para a casa da Keka terminar sua recuperação. O que mais nos surpreendeu é que quando ele estava na UTI todos acreditavam que ele ficaria sem andar, já que a mordida perto da cabeça afetou um nervo importante. Com a força de vontade do pequeno hoje ele já corre pela casa da Keka e brinca com os outros filhotes, ainda todo tortinho, mas correndo! :-)

A Charlote é uma gatinha sofrida. Foi encontrada espancada, com a pata mole, sem conseguir apoiar e com muita dor. Foi internada imediatamente e, quando saiu do choque e do quadro mais grave, foi para a casa da Keka se recuperar. Ela está bem clinicamente e os exames mostraram que ela não tem nada quebrado, mas ela ainda não consegue andar. Agora precisa começar todo um novo tratamento para recuperar a força nas patinhas. Vamos torcer pela Char! Quem quiser apadrinhar o tratamento dela é só escrever para apadrinhamento@adoteumgatinho.org.br

A Paola é mais uma mamãe gravidinha que apareceu chorando de fome na porta da casa de uma pessoa, que teve pena e deu comida e água. Logo depois ela entrou em trabalho de parto e teve 4 lindos nenês. A pessoa que a encontrou nos pediu ajuda e a Rebeca, nossa voluntária, abriu seu coração e sua casa e abrigou a familinha em um banheiro até que possam ser doados.




A Cacau, Cleo, Florzinha, Juju, Mel, Mia e Tommy são 7 filhotes que foram deixados em uma caixa de papelão fechada com papel filme (para que os gatinhos não pudessem respirar, provavelmente), na frente do prédio de uma das nossas voluntárias. O porteiro viu a caixa e, sabendo que a Renata gostava de gatos, interfonou para ela. Ela os resgatou e colocou em um banheirinho para que ficassem protegidos. Mais uma turminha vítima de crueldade e salva por pouco! Ufa!





A Valentina foi encontrada por uma pessoa que já adotou um gatinho com a gente. Como o gatinho dela está com uma doença super contagiosa e difícil de tratar, ela não podia recolher a gatinha, que parecia estar grávida. A Susan acabou remanejando alguns gatinhos na casa dela para acolher a gravidinha. No final a Paula já tinha levado a gatinha para fazer ultrassom e constatou que ela não estava grávida, era só gordinha. Menos mal, né?

A Cherie foi resgatada no Grajau, estourando de grávida. A gente sabe quantos animais vivem abandonados naquela região e que infelizmente muitos acabam morrendo nas ruas. A Susan deu um jeitinho de colocá-la no box do banheiro e, dois dias depois, na virada da lua cheia, a gatinha pariu. Quando a Susan abriu a porta de manhã, se desesperou: tinha um bebezinho morto, meio pisoteado, e os outros filhotes estavam cada um em um canto, com restos de placenta, gelados, respirando fraquinho. Cherie provavelmente era mãe de primeira viagem e não sabia o que fazer com os filhotes, que eram prematuros e haviam nascido uma semana antes da hora. Nem ficar deitada ela queria, bastava alguém olhar para ela levantar, sair pisando nos filhotes e ignorá-los. A Su passou dois dias inteiros trancada no banheiro com ela, segurando a Cherie deitada e plugando cada filhotinho em uma tetinha para que eles mamassem. Encomendou homeopatia para aflorar o amor de mãe nela, mas tudo foi muito difícil. Então a Su começou a ajudar os filhotes com mamadeira. De 4 em 4 horas ia até o banheiro colocar os filhotinhos nas tetas da mãe. Foi muito desgastante. Uma semana depois, Cherie ficou gripada e passou gripe para os bebês. A Su se ausentou um dia inteiro com aquele episódio da Dalva. Quando voltou para casa, a Ju estava sentada no sofá tentando fazer o menorzinho deles viver, mas não deu. Quando tudo parecia que finalmente ia dar certo, a gripe dos bebês prematuros evoluiu para pneumonia. Tentamos de tudo, até para a UTI eles foram (para ficarem no oxigênio), mas nenhum deles resistiu.

Agora Cherie está sozinha. Ela sarou da clamídia, mas foi só ser castrada para aparecer calicevirose nela. Cherie é portadora do complexo respiratório felino, que pode causar aborto, como o que ela teve, e passar doenças para os filhotinhos.

Noir, Nuit e Petite vieram junto com a Cherie do Grajau, do mesmo local e mesmo resgate. Nuit é um tourinho de forte, já a Petite e o Noir também desenvolveram dois tipos de gripes, indicando contaminação do ambiente onde moravam. São lindos e vão melhorar!

Vitório estava abandonado na rua, de casa em casa, procurando comida. É um fofo! Logo que chegou ficou internado, pois estava com hérnia de umbigo. Agora ele foi operado e logo deve ser colocado para adoção. ?

E por fim, chegou essa familinha. Mamãe e dois filhinhos. A mamãe e o filhinho saudável foram para a casa da voluntária Rebeca. Já o filhotinho, que parecia ser paraplégico porque arrastava as patinhas traseiras, ficou com a Susan, que já cuidou de 4 paraplégicos, sendo 2 seus.

Rubinho, nome dado ao bebê doentinho, fez uma série de exames e constataram que ele não é paraplégico, pois tem sensibilidade na parte inferior do corpo, inclusive nas patinhas. Rubinho tem má formação, ou seja, o problema dele é de nascença. Ele tem uma pata que fica o tempo todo esticada e, além disso, é torta. Para se ter uma ideia o joelho é invertido, virado para trás. Essa patinha o atrapalha muito e faz com que ele fique tombando para o lado. Segundo o ortopedista ele vai precisar amputar essa patinha. A outra também é defeituosa e atrofiada. A ideia é produzir uma órtese para ele usar e tentar fazer sessões de fisioterapia para que ele consiga se sustentar e andar com três patinhas. É uma tentativa. Se não der certo, Rubinho sera como um gatinho paraplégico, que usa fraldas e se arrasta usando as patinhas da frente.




Desde a primeira ninhada do AUG, em 2003, já sabíamos que a castração é a única esperança para diminuir a quantidade de animais nas ruas. É por isso que todos os nossos gatinhos são doados castrados. Além disso, castramos todos os gatinhos de outras protetoras ou de colônias que podemos todo mês. Sabemos que são gatinhos que poderão ter crias e mais crias se continuarem sem a cirurgia e sem um lar. Custeamos cada uma dessas cirurgias, nada nos é dado e por isso muitas vezes pagamos do nosso bolso para ajudar gatinhos que não são da ONG. Esse mês dezenas gatos foram castrados e, com isso, fizemos nossa parte. Pequena, mas ainda assim importante, para diminuir o sofrimento de tantos animaizinhos que nascem e morrem nas ruas, sem conhecer uma vida boa de gatinho que tem uma família.


Em janeiro conseguimos doar 88 gatinhos. E querem saber a melhor notícia de todas? É que em janeiro três, isso mesmo, TRÊS gatinhas com FELV foram adotadas: a Sardinha, a Samira e a Carambola! Um recorde na ONG. Todas agora têm uma família e estão protegidas das ruas. Conheçam as sortudas!






 

Janeiro foi um mês difícil para nossos gatinhos. Tivemos muitos gatinhos doentes, resultado de muitos resgates e falta de lugar para isolar cada um que chega. Por isso a quarentena é tão importante e é tão difícil resgatar todos os gatinhos. Não podemos colocar 2 gatinhos, um saudável e um doente na mesma gaiola, nem soltar um resfriadinho no meio dos saudáveis. A rotina de um abrigo é muito rígida. No nosso, a limpeza e a saúde deles vêm em primeiro lugar e por isso somos reconhecidas por um bom trabalho. Mas mesmo com tantos cuidados, muitos gatinhos adoecem e precisam de tratamento. Gracas às doações de vocês podemos oferecer o melhor tratamento para todos, pagar pelas cirurgias, UTI e os cuidados que precisam.

A Millie foi resgatada no final de novembro e desde então permanece em tratamento. Ela não abria mais os olhinhos e tinha vários buracos no pescoço em carne viva de tanto coçar, que já estavam cheirando mal. Estava muito magra e desidratada, miando debaixo do sol no estacionamento de uma escola sem ter como procurar por água e comida. Como o caso era grave, ela foi direto para a Dra. Angélica e ficou lá em tratamento até não ter mais sarna. Como estava muito fraquinha, acabou pegando uma gripe e está com um pouco de infecção. A Dra. Angélica estava morrendo de pena da Millie há tanto tempo presa na gaiolinha (ela faz charme, se esfrega e dá o queixo para ganhar cafuné no pescocinho, típico de gatinha que tinha um lar e estava acostumada com as pessoas), e pediu que uma de nós a levasse para casa e continuasse o tratamento. Com carinho e atenção especial ela melhoraria mais rápido e foi aí que a Andréa, nossa voluntária que nunca tinha sido lar temporário, encarou o desafio.

Ela chegou à casa da Andréa ainda fraquinha, mas com uma lata de AD por dia, medicamentos e muito carinho, ganhou meio kilo em 19 dias!!! Mais gordinha e com o tratamento terminado, foi castrada e foi colocada para adoção. Millie é uma gatinha sofrida que ainda se encolhe, se assusta com algum barulho forte porque deve pensar que vão judiar dela de novo. É só fazer um carinho que ela se entrega toda! 

A Pantufa nos deu um baita susto. Parou de comer, teve uma anemia grave que comprometeu o fígado e foi internada. Pensamos que íamos perder nossa guerreirinha, mas ela resistiu ao tratamento e depois de alguns dias teve alta. Agora está no nosso abrigo terminando o tratamento via oral e fazendo regime de engorda! Está fora de perigo!

A Ameixa, nossa gatinha com FELV teve uma séria anemia e pneumonia, tudo de uma vez. Muito fraquinha para reagir sozinha, precisou de transfusão de sangue e depois disso começou a melhorar. Foi um susto! Felizmente ela já teve alta da UTI e agora continua o tratamento no nosso abrigo sob a supervisão da Dra. Beatriz.

O Pinocchio travou uma brava luta, mas não conseguiu vencer. Internado na UTI para tratamento de mycoplasma, ele recebeu todos os cuidados possíveis. Fez transfusão de sangue, mas os exames mostravam muitas alterações e a proteína muito alta. Dali em diante ficou muito sensível e desistiu. Pinocchio foi resgatado e não conheceu a vida que um gatinho merece. Hoje ele é mais uma estrelinha no céu.



Quem também deixou o céu dos gatinhos mais alegre foi o Tico, com quase 4 anos e na ONG desde os 40 dias. Tico desenvolveu insuficiência renal, com creatinina chegando a 10. Depois de 2 semanas de soro na veia, UTI, comidinha na boca ele partiu. Brilha, Tico! Por aqui, só saudades...

A Bella e seus filhotes tiveram  calicivirose, ficaram bem debilitados e a conjuntivite que estava sendo tratada piorou. Eles estão em tratamento e estão melhorando.

A Amêndoa continua indo à fisioterapia toda semana para trocar o esparadrapo que é colocado para que ela aprenda a se levantar e a andar com as pernas fechadinhas. Sem o esparadrapo as pernas se abrem, já que ela não tem sustentação. O bacana é que ela ainda é filhote então a chance de ficar boa é grande. Está melhorando bastante!




Quem também foi à fisioterapia em janeiro foi o Felix. Lembram dele? Ele chegou paraplégico e aos poucos foi se levantando. Provavelmente ele sofreu alguma pancada que inflamou a medula. Com a medula sem inflamação e fazendo alguns exercícios Felix logo vai ter uma vida normal.



Quem acompanha o AUG pelo Facebook deve conhecer os ceguinhos que a Susan está cuidando. São 4 gracinhas, agora com 3 meses de idade. Eles tiveram o famoso complexo respiratório felino que vem acompanhando de um tipo de herpes que afetou os seus olhinhos. Quem leu a história da Emília no livro Gatos Sortudos, do AUG, pode imaginar como eles ficaram, com os olhinhos inflamados e saltados. Jagger e Smart tiveram que tirar apenas 1 olhinho.



Smoke não precisou tirar nenhum, mas ficou com os olhos esbranquiçados.



Por fim, a Baby Doll tirou um olhinho e agora vai ter que tirar o segundo, pois ele – já sem visão – desenvolveu glaucoma. A pressão dos olhos está muito alta, o que provoca dor.


Janeiro é um mês importante para nós. É o mês do nosso aniversário e esse ano fizemos 9 anos de luta, alegrias, conquistas e sorrisos acompanhados de uma montanha-russa de emoções, que é o dia a dia de quem cuida de vidinhas inocentes. Nossas comemorações ficaram para depois. Depois do horror que presenciamos no caso da Dalva na Vila Mariana, não achamos motivos para comemorar. Quando a tristeza passar, quem sabe? Ou quando acharmos paz, talvez. Em janeiro a proteção animal se uniu e foi pedir justiça nas ruas em nome de todos os animais torturados e mortos por gente que nem merece ser chamada de gente. Queremos mudanças, leis severas, queremos punições. Apesar do AUG ser uma ONG voltada para o resgate e reencaminhamento de gatos de ruas, não estamos alienadas em relação ao problema da impunidade com quem maltrata um animal. 

Não podemos ficar sentadas esperando que o governo ou a sociedade perceba a importância do nosso trabalho. Precisamos fazer as coisas acontecerem já. E por isso pedimos mais uma vez ajuda para que outros gatinhos sejam resgatados, para que a gente possa continuar nosso trabalho e dar uma segunda chance para esses gatinhos tão sofridos que só tem a nós e a vocês para recorrer.

Como ajudar o AUG:

 
   
Doando dinheiro para custear castrações, consultas, tratamentos e internações:

Depósitos:

Itau - agência 2970 - conta corrente 12869-6
Bradesco - agência 3334 - conta corrente 6253-7
Razão Social: Adote um Gatinho
CNPJ: 08.858.329/0001-01


Emissão de boletos:
Escreva para susan@adoteumgatinho.org.br

Cartão de crédito:
Pelo Pag Seguro do UOL
Doando ração, remédios, areia, caminhas e paninhos

Escreva para informacoes@adoteumgatinho.org.br para saber onde deixar a sua doação!
   
Apadrinhando um gatinho

O Adote um Gatinho hoje conta com mais de 400 gatos abrigados. Muitos deles têm poucas chances de adoção. Outros precisam de longos tratamentos até estarem prontos para serem adotados.

Seja madrinha ou padrinho de um
dos nossos encalhadinhos!

Adquirindo um produto AUG

Como prometemos, encomendamos nossa nova linha de produtos novamente para atender todo mundo que foi ao Bazar e ficou sem, devido ao enorme sucesso. Temos disponíveis os calendários 2012, canecas AUG e canecas e havaianas Gato Preto. Para comprar, escreva para lojinha@adoteumgatinho.org.br, informando o produto, a quantidade desejada e o seu endereço com CEP.
Os outros produtos chegam ainda em janeiro e informaremos vocês!









Você já leu Gatos Sortudos - histórias emocionantes de bichanos resgatados?


O AUG lançou seu primeiro livro! Parte das vendas (os direitos das autoras, Susan e Juliana, fundadoras da ONG) é revertido ao projeto.

Preço: R$35

À venda nas livrarias Cultura, da Vila e Saraiva em todo o Brasil ou pela internet.

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